Sem dúvida nenhuma a maior preocupação tanto dos
homens como das mulheres o abdome é uma parte do corpo que incomoda... e muito.
Entretanto não é preciso ter um do tipo "tanquinho" e a importância
deveria ser dada não à estética, mas à saúde, a principal função.
Esse grupo muscular, formado pelo reto abdominal,
oblíquos e o transverso é de grande importância na vida da gente porque
participa de boa parte das funções vitais: da respiração ajudando a expulsar os
gases, da saúde da coluna aumentando a pressão intrabdominal e os espaços entre
os discos intervertebrais, da postura mantendo o equilíbrio nas tarefas comuns
como andar, abaixar, levantar, sentar etc. e da compressão das vísceras. A
micção, a defecação, o parto normal e a expiração forçada dependem muito do bom
estado do transverso do abdome, um dos músculos que compõe a parede abdominal.
Algumas doenças se instalam no organismo por causa do mau funcionamento de
órgãos protegidos pelo abdome que se deslocam da sua posição anatômica com a
flacidez desse grupo muscular. Num abdome protuso o braço de resistência entre
a lombar e o ponto mais distante aumenta levando à uma hiperlordose lombar com
todas as suas conseqüências. A hérnia de disco pode ser uma delas. Da mesma
forma um abdome fraco sobrecarrega os músculos intercostais e os paravertebrais
que passam a trabalhar sozinhos no dia a dia.
Outro fato é a questão do acúmulo de gordura abdominal estar
associado ao risco de complicações cardiovasculares. Os homens têm, por
questões genéticas e hormonais mais facilidade e não é difícil comprovar isso.
Essa é a chamada obesidade andróide, tipo maçã, enquanto a mulher tende a
acumular gordura nos quadris, chamada de obesidade genóide, do tipo pêra.
A maneira mais prática de determinar o risco cardíaco é a relação
da medida cintura quadril. O valor da medida da circunferência da cintura
dividida pela do quadril, se o resultado for maior de 0,80 para mulheres e 0,95
para os homens significa que o risco existe.
A gordura abdominal também pode estar associada ao diabetes tipo 2
principalmente a visceral sendo essa mais difícil de ser dominada. A combinação
de exercícios aeróbios com anaeróbios, corrida, caminhada... x musculação, tem
dado resultados melhores do que simplesmente fazer "só" corrida, caminhada
e etc.
Para enrijecer essa musculatura ainda sou partidário de aumentar a carga e
diminuir a repetição porque as pessoas hoje em dia não têm muito tempo
disponível para ficar fazendo séries intermináveis. Além do mais, muita
repetição, aumentam as chances de estresse muscular e ou contusões. O mais
importante entretanto, é fazer os exercícios abdominais com orientação
profissional e carga certa para os objetivos desejados. Existem casos, como por
exemplo atletas, em que a modalidade esportiva exija um abdome muito forte e
resistente justificando muita repetição. Claro, nesse caso os objetivos vão
além da Qualidade de vida.
De qualquer forma, o peso certo é também muito pessoal e na verdade vai
depender mais uma vez das avaliações funcionais e de caso a caso. O teste
físico e a orientação profissional é que vão determinar a carga certa, a
repetição ideal para cada indivíduo e execução correta. Geralmente o pescoço e
a coluna não podem ficar prejudicados quando a carga está mau planejada em
detrimento da biomecânica.
Todo treinamento deve ser lento, gradual e progressivo com
estímulos crescentes e períodos de descanso programados visando a recuperação
do músculo para uma nova carga. O grupo muscular do abdome não é diferente.
Para quem gosta e não dispensa abdominal todo dia, pode-se alternar dias com
cargas pesadas e sem carga. Nesse caso os dias sem carga funcionam como repouso
ativo. Treinar todo dia com a mesma carga e a mesma repetição, pode ser
enfadonho, o aluno ter um ganho inicial e depois não evoluir mais e as chances
de desistência passam ser maiores.
Nas aulas de ginástica localizada alguns profissionais deixam para o final a execução dos exercícios abdominais, justamente o que muitos alunos não gostam de fazer. Entretanto, se for utilizado o método alternado por segmento usando séries curtas entre um exercício e outro pode-se obter um maior número total de repetições de abdominais durante toda uma aula, e o que é melhor. Sem os alunos "sofrerem" tanto ou perceberem. Uma aula de GAP (Glúteo, Abdome e Perna) tem muito mais chance de dar certo e a possibilidade de variação é enorme. O atleta, dependendo da modalidade praticada precisa ter um "abdome de aço", justificando certos métodos rigorosos de fortalecimento desse grupo muscular. Bom, nesse caso nem estamos falando de saúde... Enfim, um abdome definido chega a ser um sonho de consumo para quase todo mundo, mas se o seu não é assim, não se preocupe. Você faz parte da maioria das pessoas. É pena que com poucos abdominais por dia poderia-se evitar doenças como hipertensão, diabetes e problemas de coluna além de melhorar a auto-estima.
Nas aulas de ginástica localizada alguns profissionais deixam para o final a execução dos exercícios abdominais, justamente o que muitos alunos não gostam de fazer. Entretanto, se for utilizado o método alternado por segmento usando séries curtas entre um exercício e outro pode-se obter um maior número total de repetições de abdominais durante toda uma aula, e o que é melhor. Sem os alunos "sofrerem" tanto ou perceberem. Uma aula de GAP (Glúteo, Abdome e Perna) tem muito mais chance de dar certo e a possibilidade de variação é enorme. O atleta, dependendo da modalidade praticada precisa ter um "abdome de aço", justificando certos métodos rigorosos de fortalecimento desse grupo muscular. Bom, nesse caso nem estamos falando de saúde... Enfim, um abdome definido chega a ser um sonho de consumo para quase todo mundo, mas se o seu não é assim, não se preocupe. Você faz parte da maioria das pessoas. É pena que com poucos abdominais por dia poderia-se evitar doenças como hipertensão, diabetes e problemas de coluna além de melhorar a auto-estima.
Fonte: Copacabana Runners